quinta-feira, 16 de julho de 2009

Do que eu mais sinto falta...


Volta e meia me pego pensando nas coisas que me fazem falta. Sinto falta de ter vários perfumes pra que ninguém lembre do meu cheiro, sinto falta de algumas amizades que se perderam na "estrada da vida", falta de companhia pra brincar.. aquelas brincadeiras que todos acham que só crianças podem curtir, sinto falta de tanta coisa... Mas sempre me remeto a sentir falta de um alguém em especial.. meu Avô materno... Minha família tem um relacionamento estranho..eu sinceramente não gosto, mas enfim.. faço parte dela. com meu avô nunca fui de manter um relacionamento comum entre avô e neta, tipo aqueles que estamos habituados a ver na tv e achar a coisa mais linda do mundo. Ele nunca me bateu.. se fazia respeitar só com sua presença e outrora, com curtas frases do tipo: - Que negócio é esse aqui hein? Minha família é do interior embora eu tenha nascido na capital. Meu avô era vereador de lá, mas era uma pessoa comum, não se portava como tal. Muito querido, muito mal falado também , talvez por não assumir uma pose de soberano. Sempre que ia pra casa dos meus avós maternos e saia pra o centro da cidade pra acompanhá-los as reuniões da câmara, ou mesmo quando seus amigos iam visitá-lo em casa, meu avô fazia questão de me apresentar. Com um sorriso que jamais esquecerei. Ele me fascinava, mesmo sem ter um contato de chegar e abraçar, beijar, dizer te amo vovô! Nosso afeto parecia o início de um romance... escondido e só nós sabiamos o significado. E um dia ele se foi.. deitado numa rede na sala da minha casa.. eu saindo para a escola a noite, passo por ele , peço a benção como de costume e ele já bem debilitado me diz: " - Deus te abençoe e te proteja minha filha.. se cuide e seja sempre a menina do seu avô aqui." Segurou bem forte minha mão .. eu sorri e disse: "- até mais tarde vovô." e obtive um singelo sorriso seu. Voltei por volta das 23h e ele já não estava em ksa.. havia ido ao hospital com minha mãe e meu tio. Por volta das 5h da manhã o telefone toca .. estavamos em ksa eu, meu irmão e minha tia.. recebemos a notícia que ngm esperava... meu avô havia partido. Sentei em uma cadeira que havia na aréa da minha casa e ali fiquei em choque.. minha mãe e meu tio chegaram eu ali.. sem acreditar. Fazem 4 anos que ele nos deixou fisicamente...custei a "cair na real" de que ele já não estava mais presente fisicamente. Ainda é estranha sua ausência... + nos momentos em que me sinto sozinha e perdida, sinto que ele sempre se senta ao meu lado.. perto da minha cabeça e é como se ele me falasse... - você é a menina do vovô. Sinto muito sua falta!!

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